O que Você Precisa Saber Para Empreender na Advocacia

Empreender na advocacia nem sempre é o caminho natural e mais fácil para advogados. Alguns fatores contribuem para isso: a falta da cultura de planejamento, a ausência de estímulo e reconhecimento de comportamentos empreendedores pela sociedade e a completa omissão das faculdades de Direito quanto ao ensino de gestão e administração de negócios aos futuros juristas.

Advogados, quando entram no mercado de trabalho se deparam com um dilema: fazer concurso público, advogar em escritório de terceiro como associado ou abrir o próprio escritório.

Esta última, empreender na advocacia, ás vezes, é decisão tomada mais por falta de opção do que uma opção em si. Advogados são tomados, então, pela doença do empreendedorismo, que traz consigo as delícias e as agruras de ser empresário. Abrem seus escritórios inspirados em modelos de advocacia já defasados, acreditando que replicar modelos de atuações de profissionais mais antigos e que deram certo é uma estratégia. Não é mais. Esquecem que o mercado de 20 anos atrás já não é mais o mesmo de hoje e que a sociedade como a conhecemos hoje não será a mesma daqui há 5 anos, 5 anos, senhores! Volatilidade e impermanência das coisas.

empreender na advocacia

Falar em modelos de negócios, tipos de advocacia, estruturas de gestão, estratégia de mercado, posicionamento em marketing, presença virtual, atendimento remoto, tudo isso ainda é um maravilhoso mundo novo a ser descoberto por advogados atentos aos movimentos da sociedade e dos padrões de consumo. Nem todos romperão a barreira da resistência, o arrebentar das ondas. Os que conseguirem nadarão no mar calmo, num oceano azul cheio de oportunidades. Por que, sim, elas existem e estão por todos os lados, nós é que não fomos treinados para identifica-las!




Cursos de especialização como pós-graduações, mestrados, doutorados são a base da formação de um profissional por que num ambiente tão dinâmico o ensino da graduação já não consegue acompanhar a evolução do mundo e do comportamento humano, oferecendo a formação básica. O profissional será lapidado após a formatura. Precisamos repensar a forma de ensinar nossos alunos!

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Sem dúvida que o conhecimento técnico jurídico é essencial para o sucesso na advocacia, mas ele, sozinho, não sustenta um advogado autônomo, um profissional que decide empreender na advocacia e ser dono do próprio negócio.

O mundo hoje exige do advogado conhecimentos e habilidades multi e transdisciplinares. Quem fica bitolado no mundo de leis e processos está fadado ou a morrer lentamente ou a ficar na disputa de mercado por preço, cada vez mais cruel e desanimadora. Aliás, a atuação contenciosa passa por momento de reflexão também, haja vista o surreal volume de ações atualmente tramitando no Poder Judiciário.

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A visão empreendedora faz com que o advogado encontre lacunas no mercado e demandas ainda não plenamente assistidas. A partir daí cria-se uma estratégia de como ocupar esses espaços e quem sai na vanguarda larga na frente e com a vantagem de ser pioneiro e poder se tornar referência. Advogados empreendedores precisam, sobretudo, de criatividade para olhar para fora em vez de olhar só para suas habilidades e conhecimentos técnicos.

O mundo ainda não está pronto a acabado e nunca estará. Essa é a graça do jogo!


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Camila Berni